quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Os bufos

Há um bufo lá no meio. Alguém que espirra, sem querer, os conluios e tramóias, a vergonha e a incapacidade, um dia-a-dia de fazer rir. Só assim se explica que a Imprensa não tenha ficado indiferente e tenha enviado jornalistas para as portas do Janeiro Desportivo, para saber se a reunião convocada de emergência seria o fim do livro, depois de muitos pontos finais e de um indecente parágrafo.

Afinal, segundo o JN, que aproveitou os espirros dos bufos, o Janeiro não termina e a reunião não foi mais do que um vazio, um não-diz-nada do director. Um apelo à paciência de quem não recebe, de quem se recusa a fazer serviços porque não tem dinheiro no bolso para pagar as deslocações da equipa de reportagem do Janeiro (!).

Quem são os bufos? É difícil encontrar um nome, sobretudo para quem acompanha por fora esta paródia e mal conhece (de vista, apenas) quem constrói o Janeiro. Eu arrisco adiantar um nome: são todos os jornalistas, que já estão fartos de ver alargados os limites da vergonha.

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